PSICANÁLISE, SUBVERSÃO DOS GÊNEROS

 watched 1925
Hannah Höch, Watched,1925

 Luis Francisco Espíndola Camargo
AP, Membro da EBP/AMP, Professor Adjunto do Departamento de Psicologia da UFES
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Resumo

Em 1905, Freud apresentou a tese sobre a inexistência de uma ligação pré-determinada entre o sexo biológico e o sexo psíquico, da ausência de uma relação entre a pulsão sexual e o seu objeto. Tratava-se de uma teoria de gênero, haja vista que essa tese demonstra claramente que na origem não há um programa que articule a pulsão e o objeto sexual? Para Gayle Rubin, a psicanálise reafirmaria a norma heterocentrista por meio do complexo de Édipo. No entanto, nos anos 70, Rubin desconhecia a teoria das pulsões, a biologia freudiana, não conseguindo assim alcançar a função do Édipo como uma tentativa de aliança entre a ciência e sociedade visando a ordenação dos gozos mediante uma articulação com o complexo de castração. Para Freud e Lacan, o Édipo foi uma tentativa fracassada de estabelecer um programa sobre a sexualidade humana. Esse fracasso se denomina sintoma, o núcleo das neuroses.

Palavras-chave

Psicanálise, Gênero, Subversão, Sexualidade, Pulsão, Gozo

Abstract

In 1905, Freud presented his theory about lack of predetermined connection between biological and psychic sex, lack of association between sexual trieb and its object. Was it a theory of gender, since it clearly demonstrated that human psyche does not have a program that articulates trieb and sexual object? According to Gayle Rubin, psychoanalysis reaffirms the heterocentric norm through the Oedipus complex. However, in the 1970s, Rubin was unaware of the theory of trieb - the Freudian biology. Thus, he failed to understand Oedipus’ function as an attempt to set an alliance between science and society in order to classify jouissance based on the articulation with the castration complex. According to Freud and Lacan, Oedipus was a failed attempt to establish a program on human sexuality. This failure is called the symptom, the nucleus of neuroses.

Keywords

Psychoanalysis, Gender, Subversion, Sexuality, Trieb, Jouissance

Em um recente livro, organizado por dois membros da ECF/AMP, sob o título Subversion Lacanienne des Théories du Genre, encontramos um programa de pesquisa que apresenta as diferenças entre a noção de sexualidade para a psicanálise e as algumas definições construídas por teóricas do gênero. Clotilde Leguil (LEGUIL; FAJNWAKS, 2015, p. 7), apresenta esse programa como “concebido de um desejo de desmontar alguns estereótipos sobre a psicanálise [...]”. Para Fabian Fajnwaks (Cf. LEGUIL; FAJNWAKS, 2015, p. 8), o livro se propõe como aggiornamento dos mal-entendidos e dos desconhecimentos existentes das teorias do gênero sobre a psicanálise lacaniana. Desde os trabalhos de Monique Witting e de Gayle Rubin, a psicanálise é acusada de preservar a ordem heterocentrista e heteronormativa, de ter se tornado a guardiã do templo da diferença sexual e de taxar a homossexualidade de perversão. De maneira geral, a psicanálise é acusada por alguns dessas teóricas de participar da repressão sexual.

Não pretendo aqui abordar os erros e os mal-entendidos das leituras de teóricos do gênero sobre a psicanálise, nem muito menos defendê-la de ataques de algumas feministas. No entanto, ao reler os textos de Freud e de Lacan é factível verificar a potência interpretativa de várias questões candentes do nosso tempo, como a cisão sexo/gênero, sobretudo, quando nos propomos a realizar uma leitura diacrônica. A meu ver, as obras de Freud e de Lacan estão sempre abertas a novas interpretações, tendo em vista uma propriedade topológica inerente ao discurso do psicanalista, o furo ou aquilo que chamamos de informe do objeto a. Essa é uma característica inseparável do discurso do analista, uma incompletude estrutural dos conjuntos dos significantes, ilustrado por Lacan por meio dos conjuntos transfinitos. Nesse sentido, o discurso da psicanálise permite aos sujeitos alocarem seus objetos como agentes do discurso. Gayle Rubin e Judith Butler encontraram, em certa medida, um furo no discurso da psicanálise, permitindo a redução de alguns dos conceitos para o campo dos estudos de gênero, como complexo de Édipo, feminilidade, mascarada, melancolia, identificação, entre outros. Trata-se assim, de um reducionismo explicativo, de uma subversão e apropriação de conceitos da psicanálise são articulados numa trama dinâmica e histórica na relação entre clínica e teoria. Vale lembrar, que essa estratégia reducionista também foi realizada por Freud com a biologia, e por Lacan com as matemáticas. Essas estratégias reducionistas nos permitem questionarmos a relação entre o saber e a verdade, doutrina cara aos lacanianos e, nesse sentido, é um tanto complexo para o psicanalista corrigir as abordagens ficcionais e o uso de conceitos do seu campo por outras áreas afins. Trata-se de um problema epistemológico.

Um dos textos fundamentais nos estudos de gênero é o clássico Tráficos de mulheres (1975) de Gayle Rubin, onde encontramos uma crítica dessa autora sobre algumas explicações e ações políticas de afirmações feministas nos anos 70, e no qual são apresentadas três teorias populares da sua época que explicavam a gênese da desigualdade sexual: 1) a opressão das mulheres decorre da agressão e dominação de uma masculinidade inata, logo o programa feminista deveria eliminar o sexo agressor ou implementar um projeto eugênico de modificação do seu caráter; 2) o sexismo é produto do capitalismo, assim uma revolução socialista implicaria no desaparecimento da desigualdade, onde o trabalho doméstico é um elemento chave do processo de reprodução do trabalhador de quem se expropria a mais-valia. Como são as mulheres que fazem o trabalho doméstico, portanto, elas também se encontram na cadeia do processo de expropriação da força do trabalhador e; 3) a derrota das mulheres, em âmbito global, é decorrente de uma revolta armada patriarcal; tratar-se então de convocar guerrilheiras amazônicas para depor o patriarcado (RUBIN, 2018, p. 14). Temos três teorias explicativas sobre a repressão das mulheres: a primeira sobre um machismo inerente ao homem; a segunda sobre a submissão das mulheres aos processos capitalistas; e a terceira sobre a revolta do patriarcado.

A posição de Rubin não irá se alinhar a nenhuma dessas três hipóteses. Rubin (2018, pp. 10-11), pretende formalizar uma teoria fundada sobre as obras de Freud e a antropologia estrutural de Lévi-Strauss.

Freud e Lévi-Strauss [...] não percebem as implicações do que dizem, nem a crítica implícita que sua obra pode suscitar quando submetida a um olhar feminista. Ainda assim, eles trazem ferramentas conceituais com as quais é possível descrever a parte da vida social em que reside a opressão das mulheres, das minorias sexuais, e de certos aspectos da personalidade humana presente nos indivíduos.

Sobre esse ponto, Rubin apresentou o sistema sexo/gênero como um aggiornamento por meio do qual a sociedade transforma a sexualidade biológica em produtos da atividade humana, nas quais as necessidades sexuais são satisfeitas. Tratava-se na época de desvincular o gênero do sexo biológico, expediente já desenhado por Freud no ensaio de 1905 intitulado As aberrações sexuais, onde encontramos as montagens das pulsões. A partir de um comentário do tratado Psychopatia Sexualis de Krafft-Ebing e também das obras de Havelock Ellis, entre outros autores, Freud realizou a desmontagem do sistema cisgênero, que foi sempre ratificado na medicina pela norma biológica ligada ao programa adaptacionista. Desde 1905, a sexualidade para Freud não esteve jamais a serviço dos ideais cientificistas da biologia, mas a serviço do gozo. Encontramos neste ensaio de Freud a abordagem de um problema central da atual epigenética: a influência do meio sobre a memória genética, expresso pelo conceito de pulsão, um conceito limite que define a relação do corpo com a linguagem; em termos lacanianos, esse conceito se concretiza na expressão “o choque do significante sobre o corpo”. Freud representava esse programa por meio das seguintes expressões: fatores constitucionais, fatores acidentais e herança arcaica. Os fatores constitucionais são os componentes derivados do choque do significante sobre o corpo. Os fatores acidentais são os traumas decorrentes dos acidentes da vida, e a herança arcaica é o que se transmite simbolicamente pelas gerações. Assim, a pulsão é um dos conceitos que demarcam o psíquico e o físico (Cf. FREUD, 2016, p. 67), o corpo e a linguagem, introduzindo assim o problema de uma disjunção entre sexo e gênero.

O conhecimento obtido em casos considerados anormais nos diz que neles há apenas, entre a pulsão sexual e objeto sexual, uma soldagem, que arriscamos não enxergar devido à uniformidade da configuração normal [...] É provável que a pulsão sexual seja, de início, independente de seu objeto [...] (FREUD, 1905/2016, p. 38).

Em outras palavras, já em 1905, Freud aponta que nos seres-humanos não existe uma ligação pré-determinada entre o sexo biológico e a escolha de objeto. Vale esclarecer que diferente da epigenética, na psicanálise não existe uma memória genética determinante da escolha de objeto. Freud tratou essa herança como herança simbólica, herança oriunda das relações de parentesco.

O que nos surpreende é que ao reler o texto de Rubin verificamos um desconhecimento completo da teoria das pulsões. Na verdade, Rubin recusa propositalmente qualquer biologia freudiana, haja vista como a teoria das pulsões foi interpretada pela psicologia e psiquiatria norte-americana. Lá, a teoria das pulsões foi confundida como uma teoria dos instintos. Para Rubin, seria o complexo de Édipo e de castração que se conjugariam como uma norma, onde a escolha de objeto “normal” é heterogênea e a meta das pulsões os genitais; tudo isso visando atender as funções biológicas. Freud jamais compartilhou desses ideais. Muito pelo contrário, demonstrou que se trata apenas de uma convenção social e, principalmente, que esses dois complexos estão no núcleo das neuroses, isto é, do sofrimento psíquico.

Enfim, na minha opinião, a recusa parcial de Rubin recai sobre a psicanálise norte-americana, que se estabelece na América como uma para-psiquiatria.

A batalha entre a psicanálise e os movimentos feministas e gay se tornou lendária. Esse confronto entre os revolucionários sexuais e o establishment clínico teve como causa, em parte, o desenvolvimento da psicanálise nos Estados Unidos, onde a tradição clínica veio fetichizar a anatomia. [...] A prática clínica tem muitas vezes considerado que sua missão consiste na recuperação dos indivíduos que de uma forma ou de outra vêm a atrapalhar o caminho de sua finalidade biológica. Ao transformar a lei moral em lei científica, a prática clínica [nos EUA] tem sido usada para impor a norma sexual aos indisciplinados (RUBIN, 1975/2017, p. 35).

Vale lembrar que nos anos 30, Lacan já propunha de nos desapegarmos da ideologia edipiana, o que denominou de uma forma de familialismo delirante (Cf. LAURENT, 2015, p. 156), que tem como objetivo uma tentativa de ordenação do gozo:

observemos o lugar ocupado pela ideologia edipiana para como que dispensar a sociologia, há um século, de tomar partido, como antes ela tivera que fazer, quanto ao valor da família, da família existente, da família pequeno-burguesa na civilização – ou seja, na sociedade veiculada pela ciência (LACAN, 2003, p. 262).

Assim, é fato que a leitura de Rubin sempre será estranha à psicanálise de orientação lacaniana. A psicanálise nos Estados Unidos se transformou em uma psicologia adaptativa por meio de uma apologia ao Édipo como corretor das infinitas possibilidades de modos de gozo. Por isso, Rubin prefere desconsiderar a biologia freudiana, que é lida na América como uma biologia a serviço da ciência. Ela mesma diferencia a psicanálise americana da psicanálise francesa. “Freud nunca chegou a ser tão determinista do ponto de vista biológico como reivindicariam alguns. Ele enfatizou repetidamente que qualquer forma de sexualidade adulta resulta de um desenvolvimento psíquico e não biológico” (RUBIN, 1975/2017, p. 39). Rubin apela a Lacan e reconhece que na França

[...] a tendência da teoria psicanalítica foi de desbiologizar Freud, e conceber a psicanálise mais como uma teoria da informação, e não dos órgãos. Jacques Lacan [...] argumenta que Freud nunca teve a intenção de dizer nada a respeito da anatomia e que a teoria de Freud tratava, na verdade, da linguagem e dos significados culturais impostos à anatomia (RUBIN, 1975/2017, p. 39 ).

Nesse sentido, a aplicação da psicanálise é pobre e muito limitada em O tráfico de mulheres. Segundo Rubin, “a psicanálise é o estudo dos vestígios deixados no psiquismo dos indivíduos como resultado do seu enquadramento nos sistemas de parentesco” (RUBIN, 1975/2017, p. 39). Pode-se concluir daí que o mito do Édipo é um mito heterossexual visando domesticar as pulsões e adaptá-la a uma escolha de objeto e a uma meta compatível com as funções biológicas. O que nos mostra Freud é que não é possível domesticar a pulsão, ela é transgênera por excelência, pois a sexualidade humana, na sua origem, é bissexual. Quando a montagem da pulsão não se configura de acordo com a norma edípica, a sua exigência adaptativa se torna o núcleo da neurose e do sofrimento psíquico. Em uma carta a Fliess de 15 de outubro de 1897, Freud afirmou que a intepretação neurótica da sexualidade pela ideologia edipiana era a fonte do recalcamento e da formação sintomática:

[...] podemos entender porque o “teatro da fatalidade” [Oedipus Rex] estava destinado a fracassar tão lastimavelmente. [...] Cada pessoa da plateia foi, um dia, um Édipo em potencial na fantasia, e cada uma recua, horrorizada, diante da realização do sonho ali transplantada para a realidade, com toda a carga de recalcamento que separa seu estado infantil do estado atual” (FREUD apud MASSON, p. 273).

Nesse sentido, podemos ler que o Édipo é o retorno do infantil incidindo sobre o gozo inadaptável aos modelos sociais e às funções biológicas. Posteriormente, essa questão recairá sobre o problema da feminilidade e, consequentemente, ao que denominamos em psicanálise de um gozo opaco e não-localizável.

Em Problemas de Gênero Judith Butler irá descrever um engano do movimento feminista quando Gayle Rubin supõe uma sociedade anterior ao patriarcado, anterior a regulação do gozo pela lei do desejo. “Claramente, Rubin já imaginou um mundo sexual alternativo, um mundo atribuído a um estágio utópico do desenvolvimento infantil, a um “antes” da lei que promete surgir “depois” do fim ou da dispersão da lei” (BUTLER, 2003, p. 135). Apoiada na tese de Lacan que não existem sujeitos fora da lei do desejo, a postulação desse antes na teoria feminista se torna politicamente problemática “quando obriga o futuro a materializar uma noção idealizada do passado, ou quando apoia [...] a reificação de uma esfera pré-cultural do autêntico feminino” (Ibid., p. 73). A feminilidade ideal ou genuína é um ideal nostálgico que rejeita a demanda contemporânea de formular uma abordagem do gênero. Em outras palavras, não há sexo biológico para o ser-humano, já que o sexo para a nossa espécie é sempre mediado pela linguagem. Se a linguagem é constituinte do animal humano, a proposição de uma abordagem sexo/gênero colapsa com Lacan. A psicanálise não seguirá essa utopia. Alguns podem sonhar com um mundo pré-edipiano, mas é fato que todos nós vivemos num mundo pós-edipiano, no qual coexiste o amor neurótico pelo pai, a perversão paterna e a recusa generalizada dos nomes-do-pai, podendo essa exceção ser difundida para todos (Cf. LAURENT, 2015, p. 157). A ideia de um mundo pré-edipiano nos conduz a pensar no polimorfismo perverso primário da pulsão para designar o universo do múltiplo sem limite. Assim, o processo de identificação freudiano é um processo queer, pois indica como cada falasser se identifica aos significantes de forma singular para assumir assim um modo de gozo também singular, impossível de ser traduzido por uma única identidade de gênero.

Podemos concluir que a subversão lacaniana das teorias de gênero se dá pelo imperativo de gozo. Lacan não parte da abertura do campo do direito em direção ao campo do gozo, mas de que o gozo se encontra numa dimensão imperativa. Não se trata do direito ao gozo, mas do dever ao gozo. O Supereu é o imperativo do gozo e o Um do gozo não é o um do amor, isto é, de fazer um de dois, mas o um da iteração do gozo.

Temos dois regimes de gozo. De um lado o gozo localizável, o fálico, regulado pelo significante do desejo, que é indexado aos complexos familiares. Do outro, o gozo não-localizável, que não se deixa regular, que não cessa de não se inscrever. É um gozo que recusa qualquer ideal de prática sexual, produzindo uma dismorfia para qualquer identidade de gênero. É um gozo inominável e sem lei. E isso é extremamente coerente com a abordagem feminina do gozo, tal como situou Lacan, já que considerava que o gozo feminino é um processo que desconstrói as identificações ao ponto de A mulher não existir, e de que só podemos abordá-las uma por uma na sua particularidade de gozo.

Portanto, a psicanálise subverte as identidades de gênero ao abordar o sinthoma um por um, ao reduzir os sintomas a um nó, por meio do qual cada falasser encontra uma saída para tratar o excesso, o mais-de gozar parasita que recusa a simbolização e a identificação.


 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREUD, Sigmund. Obras completas, volume 6: três ensaios sobre a teoria da sexualidade, análise fragmentária de uma histeria (Caso Dora) e outros textos (1901-1905). São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

BUTLER, Judith. Proibição, psicanálise e a produção da matriz heterossexual. In: ___. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, pp. 71-140.

RUBIN, Gayle. O tráfico de mulheres. In: ___. Políticas do sexo. São Paulo: UBU Editora, 2017.

FANJWAKS, Fabian; LEGUIL, Clotilde (Org.). Subversion lacanienne des théories du genre. Paris: Édtions Michèle, 2015.

BROUSSE, Marie Hélène. As identidades, uma política, a identificação, um processo, e a identidade, um sintoma. Opção Lacaniana On-line nova série. Ano 9, números 25 e 26, março/julho de 2018. Disponível em: http://www.opcaolacaniana.com.br/. Acesso: em 30 jul. 2018.

MASSON, Jeffrey Moussaieff. A correspondência completa de Sigmund Freud para Wilhelm Fliess (1887-904). Rio de Janeiro: Imago, 1986.

LACAN, Jacques. Outros Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

LAURENT, Éric. Genre et jouissance. In: FANJWAKS, Fabian; LEGUIL, Clotilde (Org.). Subversion lacanienne des théories du genre. Paris: Édtions Michèle, 2015, pp. 145-162.

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